domingo, setembro 27, 2015

Física Quântica pelo WhatsApp?!



Recebo outro dia, tarde da noite, um WhatsApp de uma amiga muito querida: “Estamos num jantar aqui e o pessoal está falando de física quântica, você poderia falar pra nós o que é, se você estiver acordada?”
É muito engraçado este tipo de mensagem, pois quem dera a ciência de um modo geral pudesse ser explicada assim em poucas palavras. Pra começar a ciência trabalha com modelos científicos, ou seja, são teorias que precisam de um contexto, de várias definições preliminares, para que depois a gente possa explicar o sentido que aquilo tem, levando em consideração todos os parâmetros citados… É chato mesmo e dá trabalho.
Mas se eu fosse responder de forma rápida e resumida a pergunta de minha amiga eu poderia dizer: “A física quântica é a parte da física que trabalha com dimensões da ordem de 10 -10  metros ( um angstrom)  e menores." Com certeza ia trocar seis por meia dúzia e ninguém iria entender nada. Talvez uma resposta melhor seria: “A física quântica traz a ideia de que a energia é quantizada em pequenos pacotes discretos que chamamos de quantum.” Aí acho que já começa a ficar mais interessante. Mas provavelmente as pessoas perguntariam: “E daí?” Daí é que começa a ficar bom!
Para definir mesmo a física quântica, é preciso definir as esquisitices com as quais ela se define, dualidade onda-partícula, probabilidades, princípios da incerteza e da complementaridade, colapso da função de onda, observador, emaranhamento quântico, entre outros.
Então eu continuo a me perguntar, como fazer uma resposta disso tudo resumida pelo WhatsApp?! São os tempos modernos… e nossa cultura que anda cada vez mais apressada. Vamos ver… Uma vez “flagrei” um aluno explicando assim pro outro numa aula: - “A dualidade onda-partícula é assim, se uma mulher bonita esta andando na rua e ninguém olha ela é uma onda, se alguém olha ela vira partícula.” Achei muito engraçado e divertido como a gente tenta colocar estes conceitos quânticos, que na verdade não tem nada com que se possa comparar no mundo clássico, de maneira mais “palpável”. É válido. Mas na verdade seria assim, a física quântica vai jogar por terra tudo o que você acha que sabe sobre o conhecimento do mundo e do Universo, e de como as coisas funcionam. Abra sua mente para o novo, se esvazie de conceitos anteriores, e principalmente não tente encaixar a física quântica dentro do paradigma clássico. Não entra! Ao tentarmos fazer isso a física quântica se torna maluca, paradoxal, sem sentido, tudo porque a estamos olhando com os “olhos” errados. Então como seria a maneira indicada para olharmos para esta teoria? Seria ter um olhar livre de conceitos pré-estabelecidos, como o olhar de uma criança. Livre e aberta às infinitas possibilidades que este novo conhecimento oferece. Olha-la como uma ciência da mente e do coração. Onde realmente internalizaremos sua sabedoria, quando nos abrimos com todo o nosso Ser, profundo e primordial.
Sei que no fim das contas não respondi a pergunta ainda. Mas acreditem, a dúvida e a curiosidade abrem a perspectiva! A resposta fecha. Precisamos deixar de nos relacionar com os rótulos e preconceitos que congelamos em nossa mente, e nos relacionarmos com o fenômeno em si! Vasto, amplo, misterioso, fascinante em todas as suas nuances. Isso é precioso! É sublime, sagrado. E pra mim, isso é a física quântica.


PS: No blog Sabedoria Quântica tem os posts “física quântica para todos”, onde vou explicando uma esquisitice de cada vez, em doses homeopáticas. Bons estudos e boa jornada!

quinta-feira, julho 16, 2015

Pentaquark

Depois da 'partícula de Deus', cientistas descobrem o pentaquark
Observação de nova partícula foi anunciada pelos pesquisadores que trabalham no Grande Colisor de Hádrons, na fronteira entre a França e a Suíça.
14/07/2015 15h46 - Atualizado em 14/07/2015 15h46
BBC
Por Paul Rincon
Editor de Ciência da BBC News
Uma ilustração de uma configuração possível de quarks em uma partícula pentaquark  (Foto: CERN/BBC)Uma ilustração de uma configuração possível de quarks em uma partícula pentaquark (Foto: CERN/BBC)
Cientistas que trabalham no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) - um acelerador de partículas gigantesco que fica na fronteira entre a França e a Suíça - anunciaram a descoberta de uma nova partícula, batizada de pentaquark.
A primeira previsão da existência do pentaquark foi feita na década de 1960, mas, assim como o Bóson de Higgs (ou "partícula de Deus"), os cientistas não conseguiram detectar o pentaquark durante décadas.
Em 1964, dois físicos, Murray Gell-Mann e George Zweig, propuseram, separadamente, a existência de partículas subatômicas conhecidas como quarks.
As teorias deles afirmavam que as propriedades mais importantes de partículas conhecidas como bárions e mésons poderiam ser melhor explicadas se, na verdade, elas fossem formadas por partículas ainda menores. Zweig chamou estas partículas menores de "ases", um nome que não ficou muito popular.
Gell-Mann as chamou de "quark", o nome pelo qual elas são conhecidas hoje.
O modelo proposto pelos cientistas também permitiu a descoberta de outros estados dos quarks, como o pentaquark. Esta partícula - antes puramente teórica - é composta de quatro quarks e um antiquark (o equivalente em antimatéria de um quark comum).
O anúncio é o equivalente à descoberta de uma nova forma de matéria e foi divulgado na revista especializada "Physical Review Letters".
Descobertas
Durante a primeira década dos anos 2000, várias equipes de cientistas alegaram ter detectado os pentaquarks, mas estas descobertas foram questionadas por outros experimentos.
"Existe uma história e tanto com os pentaquarks, por isso estamos sendo muito cuidadosos ao apresentar esta pesquisa", afirmou à BBC Patrick Koppenburg, físico coordenador do LHC no Cern, o laboratório europeu de pesquisas nucleares, na fronteira franco-suíça.
"É só a palavra 'pentaquark', que parece ser amaldiçoada de alguma forma, pois foram feitas muitas descobertas que, em seguida, foram superadas por novos resultados que mostravam que as anteriores eram, na verdade, flutuações, e não sinais verdadeiros (da existência da partícula)", acrescentou.
Os físicos estudaram a forma como uma partícula subatômica, a Lambda b, se transformou em outras três partículas dentro do Grande Colisor de Hádrons. A análise revelou que estados intermediários estavam envolvidos, em algumas ocasiões, na produção das três partículas.
Estes estados intermediários foram chamados de Pc (4450)+ e Pc (4380)+.
"Examinamos todas as possibilidades para estes sinais e concluímos que eles só podem ser explicados (pela existência) dos estados (de matéria) pentaquark", afirmou o físico do LHC Tomasz Skwarnicki, da Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos.
Experiências anteriores tinham medido apenas a chamada distribuição de massa, na qual um pico estatístico pode aparecer contra o ruído de fundo, um possível sinal da existência de uma nova partícula.
Mas, o colisor permitiu que os pesquisadores analisassem os dados de outras perspectivas, principalmente os quatro ângulos definidos pelas direções diferentes das trajetórias das partículas dentro do LHC.
"Estamos transformando este problema de (um problema) de uma dimensão em um de cinco dimensões... conseguimos descrever tudo o que acontece na transformação (da partícula Lambda b)", afirmou Koppenburg, que identificou os primeiros sinais em 2012.
"Não tem como o que vimos ser devido a qualquer outra coisa que não a adição de uma nova partícula que não tinha sido observada antes."
"O pentaquark não é apenas uma nova partícula qualquer... Representa uma forma de agregar quarks, os principais componentes dos prótons e nêutrons comuns, em um padrão que nunca foi observado antes em mais de 50 anos de buscas experimentais", afirmou Guy Wilkinson, porta-voz do LHC.
"Estudar suas propriedades pode permitir uma melhor compreensão de como a matéria comum, os prótons e nêutrons, são constituídos."
O Grande Colisor de Hádrons foi ligado novamente em abril depois de um desligamento que durou dois anos para completar um programa de reparos e atualizações.

sexta-feira, junho 26, 2015

Abra-se para suas infinitas possibilidades

ABRA-SEPARA SUASINFINITAS POSSIBILIDADES


Acreditamos que a realidade que vivenciamos seria um tipo de única realidade, sem outras opções. Mas a Física Quântica definitivamente nos diz que a natureza não funciona desta forma
Por Eliane Xavier – Mestre em Física teórica pela UFPR;
Praticante budista, professora e palestrante sobre a interdisciplinaridade dos temas Ciência, espiritualidade e qualidade de vida.
Na formulação da Física Quântica temos conceitos bem estranhos e muito diferentes do nosso mundo clássico e macroscópico. Um deles é a sobreposição quântica. Para entendermos o que é vamos conversar sobre como a medida, ou observação de uma partícula é feita. Temos um termo na Física Quântica que usamos para definir um resultado obtido após uma medição. Este termo é o colapso da onda de possibilidades. O que seria isso? Trocando em miúdos, a Física Quântica diz que antes de medirmos o spin de uma partícula, por exemplo, todos os resultados acontecem ao mesmo tempo, no que chamamos de sobreposição quântica. No momento da medida, ou da observação, teríamos um resultado definido, um colapso destas possibilidades, para um único resultado.
Podemos fazer uma analogia desta parte da Física Quântica com nossa experiência no mundo. Sempre que observamos algo de uma determinada maneira, apesar de não percebermos, estamos colapsando em único resultado dentre infinitas possibilidades potenciais de resultados diferentes. Acreditamos que a realidade que vivenciamos seria um tipo de única realidade, sem outras opções. Mas a Física Quântica definitivamente nos diz que a natureza não funciona desta forma.
No estudo dos ensinamentos budistas aprendemos que observador e objeto não são entidades separadas. O Buda nos diz que nossa experiência de mundo surge por coemergência. O que seria isso? Coemergência é a experiência de surgir junto. Somos enganados pelo nosso senso comum de que a realidade externa existe de modo independente de nossa interação com ela. Mas em um sentido mais sutil não é assim que acontece. Um objeto só surge quando surge também o observador, de forma coemergente com ele.
Voltando a Física Quântica, vamos usar um elétron como exemplo. Imagine que exista um elétron em uma sala e não há ninguém observando este elétron. Desta forma, antes que alguém abra a porta e interaja com o elétron de alguma forma ele se espalha por todo o espaço, como uma onda de probabilidades, estando em todos os lugares ao mesmo tempo numa sobreposição quântica. No momento da observação esta onda de probabilidades se colapsa em um único resultado, dado pelo ato de medir, ou observar.
Desta forma, é importante nos lembrarmos de que tudo no mundo é feito de átomos, e que uma significativa parte dos físicos atuais acredita que o mundo é quântico em todas as escalas. O mundo clássico que vemos e interagimos macroscopicamente pode ser apenas uma aproximação em preto e branco de um mundo quântico tecnicolor.
Da mesma maneira, quando estamos colapsados em uma realidade é importante se lembrar de que ela é apenas uma de nossas infinitas possibilidades em potencial. Podemos mudar a nossa mente, mudar nossa paisagem mental, meditar, quebrar condicionamentos, mudar a perspectiva e verificar na prática como as infinitas possibilidades estão o tempo todo à nossa disposição, e como podemos acessá-las de modo mais fácil e simples do que imaginamos. O primeiro passo é tomar consciência delas, que estão presentes e disponíveis a todo momento.


revista mandala
http://revistamandala.com.br/



domingo, junho 07, 2015

Meditação Budista em Volta Redonda - Nova Turma



Olá a todos!


Com muita alegria convidamos os interessados em aprender a meditação do Budismo Tibetano.

Os encontros acontecem as segundas-feiras das 15:30 as 17h no Instituto Bem Viver (ao lado do restaurante Q Sabor no Aterrado), e nas quartas e quintas a noite, das 20h as 21:30 no Clube Foto Filatelico no bairro Bela Vista.


Venham fazer uma aula experimental e conhecer a proposta.


Sejam todos muito bem vindos!


Temos uma contribuição sugerida de R$ 45,00 por mês.


Que todos os seres possam se beneficiar!


“Aprender a meditar é a maior dádiva que você pode se dar nesta vida. Evitar o mal, fazer o bem e dirigir a própria mente.”



Instituto Bem Viver, Volta Redonda, RJ
Sob direção de Elisa Melek e Naila Melek
Rua Dionéia Faria, 62, Aterrado.
Telefone: (24) 3344-0384
E-mail: institutobemviver@gmail.com

sábado, março 28, 2015

O único antídoto real – uma Cultura de Paz (sobre o acidente aéreo do dia 24/03/2015)




Depois do ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA as empresas aéreas investiram na segurança da cabine do piloto. Ninguém pode entrar lá durante o vôo e a cabine fica trancada com segurança total. No caso muito triste deste último acidente aéreo da Germanwings justamente pela cabine ser tão segura e tão difícil de arrombar não foi possível que o piloto entrasse e salvasse o avião das mãos do copiloto, que ao que tudo indica intencionava o acidente. O mesmo procedimento que garante a segurança do avião em um caso (de terroristas invadirem a cabine), é o que contribui na causa do desastre em outro. Como é difícil controlar e se proteger da violência e insanidade de uma mente desiquilabrada. Os métodos que nossa sociedade utiliza acabam sendo “remendos” para que a vida “normal” possa continuar, como dizia o Frejat em sua música “apesar de tanta barbaridade...”. Não estamos indo na causa. Sua Santidade o Dalai Lama repete incansavelmente: “A tecnologia aliada a uma mente aflita e perturbada só aumentará o poder de destruição.” Quando é que nossa cultura vai assimilar que precisamos investir na causa dos desequilíbrios? Isso demanda uma mudança de paradigma profunda, onde possamos nos libertar desta ditadura do materialismo, onde nossos valores ficam invertidos e a verdadeira saúde mental e emocional do ser humano fica negligenciada. Precisamos investir numa Cultura de Paz, onde a mente e o equilibrio emocional sejam estudados de forma profunda. Onde o amor seja estimulado a florescer. Uma cultura que valorize o ser humano e seu bem estar sutil e espiritual. Deixando de lado o paradigma do ter para incrementar o ser. Onde possamos romper esta delusão de que precisamos de tanto consumismo que só nos leva a mais frustração e vazio interior. Entender que a felicidade e a paz que tanto buscamos está dentro, e não neste movimento elouquecido de buscar tudo o que precisamos do lado de fora. Perceber que estamos todos conectados em algum nível. Que não adianta eu buscar a minha felicidade de forma egóica e não pensar no bem estar do meu próximo. Grandes Mestres compassivos já nos ensinam a dedicar o mérito de nossas práticas para todos os seres, e que busquemos trazer benefícios para todos. Neste triste episódio bastou uma pessoa perturbada para tirar a vida de dezenas de outras. Não estamos separados, precisamos pensar de forma global. O que ainda falta para as pessoas perceberem – que não está dando certo! – A humanidade está caminhando para a sua auto-destruição. O planeta está agonizando. Estamos destruindo nossa única fonte de sobrevivência, nosso lar. Alguns insanos acreditam em fugir pra outro planeta... É pra isso que a tecnologia está sendo investida na exploração espacial? Então é assim que se pensa? “A gente destrói este aqui e depois fugimos pra outro porque podemos e temos tecnologia pra isso”. Na prática budista aprendemos a sempre nos perguntar qual a motivação que está nos levando a praticar qualquer ato que seja. E diante disto tudo eu me pergunto: "qual a motivação da ciência atual, baseada no paradigma materialista?" Esta pergunta é crucial. Como dizia o grande Mestre Yogue, o Professor Hermógenes: “Deus me livre ser normal”. Pois esta normalidade está nos levando a aniquilação, sofrimento e infelicidade absoluta. Rogo aos Budas e seres de Luz que realmente nos inspirem aqui neste planeta, para que possamos o mais rápido possível atingir uma massa crítica de seres de consciência expandida, compassiva e lúcida, que nos permita dar um salto quântico que eleve e salve todo este lindo planeta e nossa linda raça humana.

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Meditação do Budismo Tibetano em Volta Redonda



Recomeçaremos nesta semana´- primeira semana de fevereiro, no Espaço Bem Viver, a meditação do budismo tibetano. Nossa prática consiste da meditação silenciosa e do estudo de um livro, que no momento será “Meditando a Vida”, do Lama Padma Samten (o livro pode ser adquirido no local, para os interessados em tê-lo). Sejam muito bem-vindos!

Horários:

-terça-feira, das 16h às 17:30

-quarta-feira, das 19:45 às 21:15

***Alunos novos favor entrar em contato pelo cel: 98822-9284 (claro) ou pelo e-mail es.xavier@uol.com.br

“Aprender a meditar é a maior dádiva que você pode se dar nesta vida. Evitar o mal, fazer o bem, dirigir a própria mente.”


Buda dizia: "Não acredite em algo apenas porque foi o Buda que falou. Teste em sua vida. Se lhe trouxer benefícios aplique, se não, descarte." Desta forma o budismo é muito prático e transformador. A meditação e os ensinamentos se complementam, trazendo uma verdadeira mudança em nossa relação com o mundo e consequentemente em nossa vida. 

Colaboração mensal – R$ 45,00

Instituto Bem Viver, Volta Redonda, RJ
Sob direção de Elisa Melek e Naila Melek
Rua Dionéia Faria, 62, Aterrado.
Telefone: (24) 3344-0384
E-mail: institutobemviver@gmail.com