terça-feira, setembro 16, 2014

Pequeno vídeo introdutório sobre a Teoria Quântica - TV UFPR

 
 
Neste vídeo os professores Márcio Bettega e Eliane Xavier introduzem os conceitos básicos de
Física Quântica para o público leigo. Bastante didático. Para quem tem curiosidade sobre o tema
 vale a pena!
 

segunda-feira, setembro 01, 2014

As Sete Leis Espirituais (Deepack Chopra)


Segunda Lei - A Lei da Doação

O universo opera através de trocas dinâmicas, nada é estático.
O fluxo da vida nada mais é do que interação harmoniosa de todos os elementos e todas as forças que estruturam o campo da existência. Esta operação harmoniosa opera pela lei da doação. Da mesma forma que se o sangue parar de fluir começa a coagular, estagnar. Por isso você tem necessidade de dar e receber. Essa troca é que mantém a sua saúde e a sua afluência - do que for - circulando em sua vida.
Como as águas de um rio, o dinheiro, os relacionamentos, dependem de dar a receber. O dinheiro tem de fluir para não estagnar, para não sufocar sua força vital. A circulação o mantém saudável e energizado. Da mesma forma todo relacionamento depende de dar e receber. Dar engendra receber, receber engendra dar. O que sai tem que voltar. Na realidade receber é o mesmo que dar, porque dar e receber são aspectos diferentes do fluxo de energia universal. Se você interfere no fluxo de um ou de outro interfere na inteligência da natureza.
Toda semente traz em si a promessa de muitas flores. Mas a semente não pode ser guardada. Ela precisa doar sua intrínseca capacidade de gerar ao solo fértil. Ao doar-se seus fluxos vitais invisíveis manifestam-se materialmente.
Assim quanto mais você dá mais você recebe, porque mantém a abundância do universo circulando em sua vida.
O mais importante é a intenção que há por trás do dar e receber. A intenção deve ser a de provocar sempre alegria em quem dá e em quem recebe, porque a felicidade é provedora e sustentadora da vida. Se você dá de má vontade, ou achando que perdeu alguma coisa, não há energia por trás do seu ato.
Praticar a lei da doação é muito simples. Se você quer alegria, dê alegria aos outros. Se deseja amor, aprenda a dar amor. Se quer bens materiais, ajude os outros a se tornarem mais ricos. A maneira mais fácil de se conseguir o que se quer é ajudar os outros a conseguir o que querem.
A mera ideia de dar, de abençoar, de oferecer uma simples oração, tem o poder de afetar a vida dos outros.
Se você busca as coisas boas, não só para você , mas para os outros, tudo o mais virá a você espontaneamente.
Se proponha a dar um presente a todo lugar que for, a todas as pessoas que você encontrar. Esse presente pode ser um cumprimento, uma flor, uma oração. Receba agradecido diariamente todas as dádivas que a vida oferece: a luz do sol, o canto dos pássaros, as flores, a neve do inverno. Assuma o compromisso de manter a riqueza circulando em sua vida, dando e recebendo os mais preciosos presentes: carinho, afeição, apreço, amor. Desejar em silencio, felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)

 

Terceira Lei - A Lei do Carma, ou de causa e efeito

 Toda ação gera um força energética que retorna a nós da mesma forma... O que semeamos é o que colhemos. E quando escolhemos semear ações que levam felicidade e su...cesso aos outros, o fruto de nosso carma é a felicidade e o sucesso.
Tanto vc quanto eu somos escolhedores infinitos. Em nossa vida, a todo momento, entramos no campo de todas as possibilidades, onde temos acesso a uma infinidade de escolhas. Algumas dessas escolhas são feitas conscientemente. Outras não. Portanto a melhor maneira de entender e utilizar ao máximo a lei do carma é estar conscientemente alerta para as escolhas que fazemos a todo momento. Quer vc goste ou não, tudo o que está acontecendo neste momento é resultado de escolhas feitas no passado. Infelizmente muitos fazem escolhas inconscientes e , por isso, acham que não são escolhas. Mas são.
Se eu o insulto é provável que vc escolha se sentir ofendido. Seu eu lhe faço um cumprimento, é provável que vc escolha sentir-se grato e envaidecido. Pense bem: é sempre uma escolha.
Em outras palavras, toda pessoa constitui - mesmo sendo um escolhedor infinito - um feixe de reflexos condicionados. Eles são disparados, constantemente, por circunstâncias e por pessoas, resultando em comportamentos previsíveis. Devido ao condicionamento temos respostas repetitivas e previsíveis aos estímulos do ambiente. Nossas reações parecem ser disparadas automaticamente por pessoas e por circunstâncias. No entanto, esquecemos um fato: estas reações são também escolhas que fazemos a todo momento. Simplesmente estamos escolhendo inconscientemente. Se vc parar um pouco e observar suas escolhas no momento em que elas ocorrem, mudará este aspecto de inconsciência. O simples ato de observá-las transfere todo o processo do terreno do inconsciente para o terreno do consciente. Esse procedimento - escolher e observar conscientemente - é muito enriquecedor.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)
nota - Também adquirimos carma pela repetição de ações. Quanto mais realizamos um ato, ou agimos de determinada maneira, mais propensos a fazer aquilo novamente nós ficamos. Tanto para ações positivas, quanto para ações negativas.


Quarta Lei - A Lei do Mínimo Esforço

 Esta lei se fundamenta no fato de que a inteligência da natureza funciona com tranquila facilidade e sem nenhuma ansiedade. Este é o princípio da mínima ação, da não resistência.... É portanto, o princípio da harmonia e do amor. Se vc observar a natureza verá que ela despende o mínimo esforço em seu funcionamento. A grama não se esforça para crescer, apenas cresce. As flores não se esforçam para abrir, apenas abrem. Os pássaros não tentam voar, apenas voam.
O mínimo esforço é dispendido quando suas ações são motivadas pelo amor, porque a natureza se mantém unida pela energia do amor. Quando vc procura controle e poder sobre as pessoas está desperdiçando energia. Quando se move pelo egoísmo desperdiça energia buscando uma ilusão de felicidade, em vez de desfrutar da felicidade do momento. Mas se seus atos são movidos pelo amor não há perda de energia. Ao contrário, sua energia se multiplica e acumula.
A lei do mínimo esforço possui três componentes básicos. O primeiro componente é a ACEITAÇÃO. Aceitar significa simplesmente assumir o compromisso de aceitar pessoas, situações, circunstâncias e fatos, da maneira como se apresentam. Isto significa entender que este momento é como deve ser, porque todo o universo é como deve ser. Quando vc luta contra este momento está lutando contra todo o universo. Você pode querer que as coisas sejam diferentes no futuro, mas hoje vc deve aceitar as coisas como elas são.
Isto nos leva ao segundo componente da lei do mínimo esforço, a RESPONSABILIDADE. Responsabilidade é não ficar culpando alguém, ou alguma coisa pela situação, muito menos a si mesmo. Aceitando a circunstância, o fato, o problema como ele se apresenta no momento, a responsabilidade passa a ser a capacidade de ter uma resposta criativa para aquela situação como ela se apresenta no momento. Todos os problemas contém em si as sementes da oportunidade. A consciência disto permite transformar este momento numa situação ou numa coisa melhor. A realidade é uma interpretação. Se vc escolher interpretar a realidade por este novo ângulo , terá muitos mestres a sua volta, e muitas oportunidades para evoluir.
O terceiro componente a lei do mínimo esforço é a INDEFENSIBILIDADE, ou seja, desarmar seu espírito, abrir mão da necessidade de convencer e persuadir os outros de seus pontos de vista. Se vc observar as pessoas verá que elas passam 99% do tempo defendendo seus pontos de vista. Se vc simplesmente desistir disso ganha acesso a imensas quantidade de energia antes desperdiçadas. Quando vc passa o tempo defendendo suas posições, culpando os outros, e não aceitando render-se ao momento determinado, sua vida transforma-se num embate de resistências. E toda vez que encontrar resistência, se tentar forçar a situação, a resistência só aumentará (tudo o que vc resiste, persiste).
Quando vc reunir a refinada combinação de aceitação, responsabilidade e indefensiblidade, sentira a vida fluindo com tranquila facilidade. E se vc se manter aberto a todos os pontos de vista - sem se prender rigidamente a nenhum deles - seus sonhos e desejos fluirão com os desejos da natureza. Então vc poderá se liberar de suas intenções, sem se prender a elas, e esperar pelo momento apropriado para que seus desejos desabrochem e se tornem realidade. Pode estar certo de que na hora certa eles e manifestarão.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)


Quinta Lei - A Lei da Intenção e do Desejo  

Esta lei se fundamenta no fato de que a energia e a informação existem em toda parte na natureza. De fato, no nível do campo quântico, não há nada além de energia e inform...ação. Campo quântico é apenas outro nome do campo da consciência pura ou da potencialidade pura. Esse campo quântico é influenciado pela intenção e pelo desejo.
No âmbito da natureza nós somos espécies privilegiadas. Temos um sistema nervoso capaz de nos tornar conscientes do conteúdo energético e informativo deste campo localizado, que dá origem ao nosso corpo físico. Nós experimentamos este campo subjetivamente na forma de pensamentos, sentimentos, emoções, memórias, instintos, impulsos, princípios. Objetivamente o mesmo campo é experienciado como corpo físico e, através do corpo físico, como mundo. Mas é tudo a mesma coisa.
Seu corpo não está separado do corpo do universo porque, segundo a teoria quântica, não há limites bem definidos. Você é como uma agitação, uma ondulação, uma flutuação, um redemoinho, uma perturbação localizada no campo quântico maior. O grande campo quântico - o universo - é o seu corpo estendido.
O sistema nervoso humano é capaz de perceber a energia e a informação contidas em seu próprio campo quântico. E mais: por ser a consciência humana infinitamente flexível através de seu maravilhoso sistema nervoso, você também é capaz de mudar conscientemente o conteúdo informativo que dá origem ao seu corpo físico. Você pode mudar conscientemente o conteúdo energético e informativo do próprio quantum do corpo mecânico quântico, portanto pode influenciar o conteúdo energético e informativo do seu corpo estendido - o ambiente ao seu redor, o mundo - e fazer com que as coisas se manifestem nele.
A mudança consciente acontece através de duas qualidades inerentes à consciência: a atenção e a intenção. A atenção energiza; a intenção transforma. Quando você concentra sua atenção em alguma coisa, ela fica mais forte na sua vida. Quando você afasta a atenção, ela enfraquece, desintegra, desaparece.
A intenção lança as bases para o fluxo tranquilo espontâneo e natural da potencialidade pura, que busca expressar-se do não-manifesto ao manifesto. A única exigência é que você use sua intenção em benefício do ser humano. Isso acontece espontaneamente quando você está em alinhamento com as sete leis espirituais do sucesso.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)


Sexta Lei - A Lei do Distanciamento

Segundo esta lei para se conseguir qualquer coisa na natureza é preciso desistir do apego a ela. Isso não significa desistir da intenção de criar um desejo. Você abandona apenas ...o apego aos resultados.
É uma atitude muito poderosa. No momento em que você desistir de seu apego aos resultados, misturando, simultaneamente atenção unidirecionada com distanciamento, terá tudo o que deseja. O distanciamento permite alcançar qualquer coisa porque ele se baseia na sua crença inquestionável no poder do seu verdadeiro Eu.
É a consciência que sabe como satisfazer todas as necessidades. O resto é simbólico: casas, carros, contas bancárias, roupas, aviões. Os símbolos são transitórios; eles vem e vão. Perseguir símbolos é como instalar-se no mapa e não no território. Isso cria ansiedade e acaba levando você a se sentir vazio e oco por dentro, porque está trocando o Eu pelos símbolos do Eu.
Para viver esta experiência você tem de estar apoiado na sabedoria da incerteza. Na incerteza você encontrará liberdade para criar o que quiser. As pessoas buscam constantemente segurança. Você descobrirá que buscar segurança na verdade é uma coisa muito efêmera. Até o apego ao dinheiro é sinal de insegurança. Você pode dizer: "quando eu tiver x milhões de dólares estarei seguro, financeiramente independente e poderei me aposentar; aí poderei fazer o que realmente desejo. Mas isso nunca acontece - nunca acontece.
A busca da segurança é uma ilusão. Para a tradicional sabedoria ancestral, a solução deste dilema está na sabedoria da insegurança, ou na sabedoria da incerteza. Isso quer dizer que a busca de segurança e de certeza é, na verdade, um apego ao conhecido. E o que é ele afinal? O conhecido é o nosso passado. O conhecido nada mais é que a prisão dos velhos condicionamentos. Não há nenhuma evolução nisso - absolutamente nenhuma. E quando não há evolução há estagnação, desordem, ruína.
A incerteza, por sua vez, é terreno fértil para a criatividade e para a liberdade. Incerteza significa entrar no desconhecido em todos os momentos de nossa existência. O desconhecido é o campo de todas as possibilidades, sempre frescas, sempre novas, sempre abertas para a criação de novas manifestações. Sem a incerteza e o desconhecido, a vida é apenas a repetição viciada de memórias velhas. Você cai vítima do passado e o seu torturador de hoje é o que sobrou de você ontem.
Uma das características do campo de todas as possibilidades são as correlações infinitas. Esse campo consegue reger uma quantidade de eventos no tempo-espaço para conseguir os resultados pretendidos. Mas, quando você está apegado, sua intenção fica presa num rígido espaço mental. Assim a fluidez, a criatividade, a espontaneidade inerentes àquele campo se perdem. Quando você se apega a uma ideia pronta, o seu desejo, antes fluido e flexível, fica congelado numa estrutura rígida que interfere em todo o processo de criação.
A lei do distanciamento acelera todo o processo de evolução. Quando você entende esta lei não se sente compelido a forçar soluções. Se você forçar a solução de problemas, só vai criar mais problemas. Mas se dirige sua atenção para a incerteza e observa essa incerteza enquanto espera a solução emergir do caos e da confusão , o que aparecer será fabuloso e excitante.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)


 Sétima Lei - A Lei do Darma ou do propósito de vida

Segundo a lei do darma, assumimos uma forma física para cumprir um propósito de vida. O campo da potencialidade pura é divindade em essência. É o divino assumindo a forma humana para cumprir um propósito.
De acordo com esta lei, você tem um talento singular, e uma maneira única de expressá-lo. Existe alguma coisa que você consegue fazer melhor do que todo mundo. E para cada talento singular, em sua forma única de se expressar, existem necessidades específicas. Quando essas necessidades se combinam com a expressão criativa de seu talento, surge a fagulha que cria a riqueza.
Se você ensinar estes pensamentos para as crianças poderá ver seus efeitos.
A lei do darma apresenta três componentes. O primeiro é o de que estamos aqui para encontrar nosso verdadeiro Eu, para descobrir que nosso verdadeiro Eu é espiritual, que somos essencialmente seres espirituais expressos numa forma física. Estamos aqui para descobrir nosso Eu superior, ou espiritual. Essa é a primeira coisa que se cumpre na lei do darma. Precisamos descobrir por nós mesmos que temos em nosso interior um embrião de deus ou deusa desejoso de nascer e de expressar sua divindade.
O segundo componente é o de que devemos expressar nosso talento singular. A lei do darma diz que todo ser humano tem um talento único. Ele é único em sua expressão e tão específico que ninguém mais em todo o planeta tem um igual, ou maneira parecida de expressá-lo. E quando está expressando este talento único - muita gente tem mais de um talento único - você penetra na consciência atemporal.
O terceiro componente é o de que devemos servir a humanidade. Para isso devemos fazer as seguintes perguntas: "como posso ajudar?" Como posso ajudar a todos que tenho contato?
Quando você combina a capacidade de expressar seu talento único com benefícios a humanidade, está fazendo pleno uso da lei do darma. Essa é a maneira de se obter abundância ilimitada. E ela é permanente por causa do seu talento único, da sua maneira específica de expressá-lo, dos benefícios e dedicação a seus semelhantes, que se descobriu ao se perguntar: "como posso ajudar?", em vez de "o que vou ganhar com isso?"
A pergunta "o que vou ganhar com isso?" é o diálogo interior do ego. A pergunta "como posso ajudar?" é o diálogo interior do espírito. O espírito é aquele domínio de nossa consciência em que experimentamos nossa universalidade. Ao mudar seu diálogo interior - do "que ganho com isso?" para "como posso ajudar?" - automaticamente você está indo além do ego e entrando no domínio do espírito. Embora a meditação seja o melhor caminho para entrar no domínio do espírito, a mudança do seu diálogo interior para "como posso ajudar?" também dará acesso a ele, ao domínio da consciência onde você experimenta sua universalidade.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)

domingo, agosto 31, 2014

Sete Leis Espirituais - Deepak Chopra - Primeira lei - Pontecialidade Pura


Esta semana (começando domingo 31/08/2014) falaremos sobre as Sete Leis Espirituais do Sucesso de Deepak Chopra, que na verdade são Sete Leis Espirituais para a Vida. Estas leis mostram o lado absolutamente quântico de nossa realidade e é muito pertinente aos assuntos de ciência e espiritualidade do blog. Acompanhem-nos neste estudo! Será um grande prazer!


 
Primeira Lei - A Lei da Potencialidade Pura - Consciência Pura é a nossa essência espiritual, que é potencialidade pura. É no conhecer-se que reside a capacidade de realização, porque vc mesmo represe...nta a possibilidade eterna. Esta lei poderia ser chamada de lei da unidade. Não existe separação entre vc e esse campo de energia. Quanto mais vc busca sua verdadeira natureza, mais se aproxima do campo da potencialidade pura. Se não temos a experiência do Eu, a nossa verdadeira natureza, não temos nosso ponto de referência interior, e passamos a nos influenciar pelo que acontece fora, passamos a ter um objeto-referência. Neste estado buscamos incessantemente a aprovação dos outros: nossos pensamentos e comportamentos antecipam-se a toda resposta, porque fundamentam-se no medo. No objeto-referência nossa tendência é querer controlar as coisas, ter necessidade do poder externo.
No estado de objeto-referência o ego está em primeiro lugar. Mas ele não expressa o que vc é realmente. O ego reflete apenas a sua autoimagem, a sua máscara social, o papel que vc representa. Sua máscara social necessita de aprovação, de controle, de apoio no poder, porque vive com medo.
Seu verdadeiro Eu - que é seu espírito, sua alma - está livre destas coisas. É imune à crítica. Não teme desafios. Não se sente inferior a ninguém. Mas também é humilde. Não se sente superior porque reconhece que todas as pessoas representam o mesmo Eu, o mesmo espírito com faces diferentes.
Uma forma de aplicar a lei da potencialidade pura é se entregar diariamente a momentos de silêncio, praticar a meditação e evitar julgamentos. Viver em contato com a natureza é outra maneira de ter acesso às qualidade inerentes a este campo: a infinita criatividade, a liberdade, a felicidade.
(texto na íntegra no livro - As Sete Leis Espirituais do Sucesso - Deepak Chopra)
 

quarta-feira, julho 23, 2014

Tudo é relativo - o tempo dilata




Albert Einstein em sua famosa Teoria da Relatividade mostrou como conceitos que pensávamos ser absolutos são na verdade relativos. Até mesmo a passagem do tempo! Ele percebeu que o tempo poderia se dilatar ou se contrair ao perceber que a medida do tempo nada mais é do que um evento de sincronicidade. Como medimos o tempo? A medida do tempo em um relógio é um evento de sincronicidade entre o movimento de seus ponteiros e o tempo a ser medido. Ao se passar um segundo, temos a sincronicidade do tempo passado com o "pulinho" que o ponteiro dos segundos do relógio dá. Poderíamos medir o tempo com, por exemplo, o lançar e cair de uma laranja na sua mão. Você poderia jogar uma laranja pra cima e o tempo dela subir e cair de volta em sua mão seria definido como 1 pulo de laranja, por exemplo. Estaríamos definindo uma nova unidade de medida de tempo.
Einstein percebeu que duas pessoas jogando laranjas para o alto em dois locais diferentes podem não ter este movimento sincronizado, mesmo que as duas arremessassem as laranjas exatamente juntas! Considere que estamos observando estas duas pessoas sentadas ao lado uma da outra, sob as mesmas condições físicas (aceleração da gravidade, resistência do ar, etc), considerando também que as duas laranjas sejam idênticas e as duas pessoas consigam arremessar as laranjas exatamente sob as  mesmas condições iniciais, as duas laranjas cairiam de volta a mão de cada uma delas simultaneamente, em outras palavras, ao mesmo tempo. Agora considere que estas duas pessoas estão separadas, cada uma se movendo em relação a outra a uma alta velocidade constante, próxima a da luz. Nós, os observadores, veríamos agora uma laranja voltar a mão de uma delas primeiro que a outra. A pessoa que está mais lenta ou em repouso em relação a nós teria a laranja de volta a mão mais rápido do que a outra pessoa que se estaria se movendo a uma alta velocidade em relação a você. Podemos pensar que no caso da pessoa que está em movimento a laranja não faz mais apenas o movimento vertical de subir e cair, mas faz também um movimento horizontal de deslocamento. O movimento total da laranja seria a soma destes dois movimentos, e por isso ela demora mais a voltar para a mão da pessoa em movimento. 
É importante também lembrar que a Teoria da Relatividade diz que a velocidade da luz é constante, independente se quem a observa está parado ou em movimento! No meio de tantas coisas relativas temos algo absoluto e constante: a velocidade da luz! E ela é também uma velocidade limite no Universo. Nada pode se mover mais rápido que a luz. Esta questão nos convida a uma boa discussão sobre o tema, mas isso fica para um outro post.
O Universo é mesmo surpreendente, e bem diferente do que o nosso senso comum sugere.

sábado, abril 26, 2014

Palestra gratuita na UERJ: A Física Quântica e a Qualidade de Vida




Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Educação Física e Desportos
Rua São Francisco Xavier 524, sala 8121-F
Maracanã, Rio de Janeiro, RJ         20550-013
Tel: (55-21) 2334-0775

 

 
 
A Física Quântica e a Qualidade de Vida
 
Palestra do IEFD: Dia 8 de maio de 2014, 16h00min, auditório 93.
 
 Objetivo: Divulgar os conceitos básicos da Física Quântica, as novas descobertas científicas, e como o novo paradigma quântico pode melhorar imensamente nossa qualidade de vida.
Público Alvo: Pessoas de qualquer idade e qualquer área de trabalho/estudo que desejam saber mais sobre a Física Quântica e sua aplicação na vida prática.
Sobre a Palestra: Todo o  material utilizado é adaptado para o público leigo e de fácil entendimento. Não é necessário nenhum pré-requisito para a participação no evento.
 
 Programa:   - O nascimento da física quântica – a ideia do quantum;
                   - A dualidade onda-partícula;
                   - O papel do observador na Física Quântica;
                   - Salto Quântico e Criatividade;
                   - A Física Quântica no Quotidiano e na Qualidade de Vida.
 
Palestrante: Eliane Xavier é Mestre em Física Teórica na área de Física Quântica pela UFPR e Especialista em Ensino de Física pela UFRJ. Atualmente é pesquisadora do grupo Física e Humanidades do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) no Rio de Janeiro. Praticante budista, aluna do Lama Padma Samten desde 2004, trabalha com a relação dos temas:  Ciência – Consciência – Espiritualidade e Qualidade de Vida. Ministra Cursos Livres, Palestras e aulas em Cursos de Pós-Graduação promovendo a interdisciplinaridade da Física Quântica com outras áreas de estudo e trabalho.

Não é necessário se inscrever previamente para a Palestra.

 

terça-feira, abril 08, 2014

segunda-feira, março 31, 2014

Ciência sem consciência? A importância da ética na pesquisa científica.

fonte: http://hypescience.com/ciencia-sem-consciencia-a-importancia-da-etica-na-pesquisa-cientifica/

autor:
Mustafá Ali Kanso

Ciência sem consciência – a importância da ética na pesquisa científica.
O analista do Kings College Fellipe Gracio em seu artigo “Scientists can’t claim to be neutral about their discoveries”publicado no “The Conversation” nos brinda com uma reflexão de visceral importância sobre a ética aplicada às pesquisas.
Nesse artigo ele questiona o quanto de isenção um cientista pode alegar, quando por fim suas descobertas são mal aplicadas e podem representar um perigo para a humanidade.
Essa sensação persegue a história humana, desde que inventos magníficos como o navio, o automóvel e o avião, foram transformados em máquinas de guerra.
Ou mesmo ante as brumas radioativas de Hiroshima e Nagasaki — Oppenheimer — o pai da bomba atômica — num discurso emocionado se autodenominar “a morte, o destruidor de mundos”.
Isso apenas para citar alguns poucos exemplos.
À medida que a pesquisa científica afeta o mundo convém ficarmos de sobreaviso.
Isso por que a ciência é feita por pessoas.
E todas as pessoas, mesmo sendo cientistas, possuem interesses, intenções e ambições.
Para agravar esse quadro, a ciência é financiada por governos e por empresas — cujas políticas podem nem sempre visar o bem comum – entendendo essa expressão, em seu sentido mais amplo como sendo o bem, em sua essência, estendido para toda a humanidade.
Fica cada vez mais claro que pesquisa científica atual, em seus passos mais decisivos, está condicionada às regras de financiamento, às expectativas sobre seus resultados e às forças sociais e de instituições que moldam seus rumos.
Ora vejamos:
  • Ninguém investe sem a expectativa de ganhar dinheiro com seu investimento;
  • Mesmo moralmente condenadas, a ambição e a ganância continuam a ditar as regras do mercado também no século XXI.
Ou não?
Na década de 1950, quando Jonas Salk — um dos cientistas que participou do desenvolvimento da vacina contra a poliomielite — foi questionado sobre se ele patentearia a vacina. Ele respondeu com outra pergunta:
— Você poderia patentear o sol?
Em outras palavras:
Pode um cientista propor ou aceitar a privatização de um conhecimento que beneficiaria a todos?
Existem duas linhas de pensamento sobre essa questão:
O primeiro viés advém de empresas (e de governos) que comercializam ciência e tecnologia e são detentores de muitas patentes.
Seu principal argumento pode ser assim resumido:
Como o investimento em programas de pesquisa científica é extremamente oneroso, tanto para empresas quanto para nações é natural oferecer garantia para os investidores de que ocorrerá o retorno desses investimentos. E tais garantias passam invariavelmente pela reserva de mercado e obviamente a privatização das descobertas, protegidas por leis de propriedade intelectual.
O argumento contrário à privatização dos resultados aponta que a restrição do uso de muitas descobertas atrapalha o aperfeiçoamento da própria descoberta, além de reprimir a inovação e o desenvolvimento de novos produtos.
Além de que, ao negar o benefício a outro ser humano se estaria também praticando uma forma de desumanidade.
Por exemplo,
A indústria farmacêutica Novartis tentou bloquear recentemente a fabricação na Índia de um medicamento genérico aplicado na terapia do câncer.
Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Ciências Econômicas, tem uma posição radicalmente contra as leis de propriedade intelectual.
Ele enfatiza que essa prática visa apenas garantir lucros exorbitantes para as desenvolvedoras, que por congelamento do desenvolvimento científico, certifica-se de não haver concorrência.
Pela lei dos mercados é fácil observar o que se resulta de um monopólio, seja em que área for.
Ele dá o exemplo da Myriad Genetics, uma empresa que alegou propriedade intelectual sobre genes humanos.
Este é um exemplo extremo, mas suas observações são amplamente aplicáveis ​​.
Ele explica que, neste caso:
Geneticistas têm argumentado que o registro de patentes sobre os genes realmente tende a impedir o aperfeiçoamento de vários testes genéticos (como prevenção de doenças genéticas, por exemplo) , e de modo geral, interferir com o avanço da própria ciência .
Todo o progresso científico é fundamento em conhecimento. Ao tornar-se esse conhecimento menos disponível impede-se o progresso, ou na melhor das hipóteses, torna-o menos imediato.
É fácil observar que o cientista está no centro deste processo e ele não pode mais se furtar das questões éticas envolvidas em seu trabalho.
Não pode mais evadir-se das questões pertinentes sobre a natureza do progresso científico, sobre as decisões de financiamento de suas pesquisas, ou quais forças estão por trás dos ditos investidores e quais são os interesses que servem.
Eu mesmo, não canso de repetir para meus alunos, que nossas decisões sobre as nossas carreiras afetam não só nossas vidas, mas também a dos que nos cercam.
Eu como cientista não posso alegar neutralidade em questões como esta.
Nenhum cientista pode.
E se Jonas Salk tivesse decidido trabalhar para uma empresa farmacêutica e patenteasse a vacina contra a poliomielite? Quantas pessoas morreriam, ou teriam sequelas por toda a vida?
Considere-se uma questão relevante para o futuro:
Se uma vacina contra a malária ou contra AIDS fosse desenvolvida, deveria ser protegida por registro de patentes, de tal forma que os preços desse monopólio maximizassem sua receita, mas não seus resultados na saúde pública?
De modo mais geral: os cientistas podem realmente justificar os resultados previsíveis dos projetos em que estão envolvidos?
O que deve ser feito, então, para maximizar o benefício da ciência visando o bem comum?
Para começar, podemos educar os cientistas e também fiscalizá-los.
E para isso é necessário que o cidadão busque inteirar-se do que vem a ser ciência e de qual é o real trabalho do cientista.
É preciso que cada um busque entender as decisões tomadas tanto pelos cientistas quanto pelas instituições de pesquisa e querer fazer parte delas.
É legítimo e necessário pedir aos cientistas e aos acadêmicos, e também às instituições, que justifiquem o uso que dão aos fundos de investimentos em pesquisa;
É justo fiscalizar as ações privadas e públicas nos programas sociais, e debater as prioridades políticas na esfera pública.
E também submeter as decisões sobre a investigação científica e suas metas de trabalho ao escrutínio da sociedade.
A ciência é uma força incrivelmente poderosa que consome uma grande quantidade de recursos, por isso precisamos ter certeza de que está sendo orientada numa boa direção e parta tal é necessário que cada cidadão procure cumprir com o seu papel.

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Como treinar sua mente para pensar criticamente e formar suas próprias opiniões


Pensamento crítico é uma habilidade (que nem todos possuem, a propósito) muito útil: é a maneira pela qual podemos nos libertar de ideias pré-fabricadas às quais estamos sujeitos o tempo todo, e finalmente pensar por contra própria.

A expressão, no fim das contas, significa saber absorver importantes informações e ser capaz de usá-las para formar a sua própria opinião sobre determinado assunto – em vez de apenas reproduzir um discurso pronto que se lê nos jornais e revistas, que se ouve na escola ou na igreja ou que é propagado por outras pessoas.

Esta não é uma capacidade com a qual nascemos – normalmente, acontece exatamente o oposto: somos treinados justamente para não desenvolver muito bem nosso pensamento crítico e, desta forma, não sermos muito contestadores. Felizmente, porém, esta é uma habilidade que podemos treinar e, consequentemente, nos tornarmos melhores nela. Veja:

5. Preste atenção nos detalhes certos

Uma das partes mais importantes de pensar criticamente é aprender quais detalhes são, de fato, importantes. Estamos expostos a tanta informação e opiniões diferentes que fica muito fácil se perder nos detalhes. Comece confiando na sua intuição. Se algo não soa verdadeiro para você, eis aí o seu primeiro sinal de alerta.

Na sequência, uma boa dica é refletir sobre quem se beneficia de uma dada informação ou opinião. Se há uma discussão acalorada sobre, digamos, a qualidade da água da torneira e se é adequado ou não consumi-la, preste atenção se dentre as partes envolvidas não está uma indústria de garrafinhas de plástico. Isso nem sempre é algo ruim – às vezes as motivações de uma pessoa podem fazer sua opinião mais válida –, mas é aconselhável pensar em quem pode ganhar com uma ideia.

O que nos traz ao segundo ponto: questione a fonte. Principalmente após a grande disseminação da internet nas últimas décadas, as fontes nem sempre são imediatamente identificáveis. Portanto, se algo parece meio duvidoso, rastreie de onde veio antes de formar uma opinião.

O mesmo vale para os meios de comunicação. Cada publicação ou veículo tem uma vertente – esquerda, direita -, e não é que é impossível acreditar em matéria alguma de política por conta do posicionamento desses meios, mas para o bem do seu pensamento crítico, é bom ter um pé atrás e analisar se o texto traz alguma informação nova (e isenta) ao leitor, ou se serve apenas para reafirmar as convicções da empresa.

Outro detalhe com o qual se deve ter um pouco de cuidado são as afirmações óbvias e de pouco sentido no contexto da discussão. É um truque comum em debates (principalmente entre políticos na televisão) esconder um argumento crítico dentro de uma série de declarações obviamente verdadeiras. É uma estratégia traiçoeira que faz o oponente facilmente se perder, porque começa a concordar com as afirmações, mesmo que não tenham ligação qualquer com o discurso.

Vemos muito isso nos debates. O candidato pergunta ao atual prefeito em busca da reeleição sobre a razão pela qual não foi destinada a verba planejada para a área da saúde. O político responde que a saúde foi sempre uma prioridade na sua gestão, os profissionais da área precisam ser valorizados, é importante equipar nossos pronto-socorros e nos últimos quatro anos a expectativa de vida do brasileiro subiu de 73,1 para 74,6 anos.

Todas as afirmações podem estar corretas, mas nenhuma responde ao que foi pedido. Um olhar desatento poderia concordar com tudo que o prefeito disse e achar que sua resposta foi brilhante. Não caia mais nessa. Quanto mais você prestar atenção a esse tipo de detalhe, mais fortalecido seu pensamento crítico se tornará.

4. Sempre faça perguntas

Saber quais detalhes precisam ser observados é a primeira parte para desenvolver um bom pensamento crítico, mas de nada serve essa habilidade se você não souber que tipo de pergunta fazer em seguida. Afinal, pensar criticamente e fazer perguntas são duas coisas que caminham lado a lado.

A escritora e psicóloga russa radicada em Nova York, Maria Konnikova, sugere uma abordagem um tanto original, usando Sherlock Holmes como exemplo. Segundo ela, depois que o personagem define seus objetivos, ele passa a observar e coletar dados, perguntando-se sempre quais informações desta conversa, pessoa ou situação lhe permitirá reunir os dados que ele não tem e que lhe serão úteis para ver se sua hipótese se mantém.

“Em seguida, ele dá um passo atrás e observa os dados, recombina-os e tenta buscar uma possibilidade diferente, sendo criativo com as informações que possui para verificar se existem novas abordagens a serem exploradas”, explica Konnikova.

O escritor estadunidense Scott Berkun compartilha seu próprio conjunto de questões para se pensar criticamente. “Qualquer um que tenha considerado seriamente algo encontrou fatos suficientes tanto a favor, para adequar seus argumentos, quanto contra”. Berkun ainda cita algumas questões úteis que devemos fazer na construção de um pensamento crítico: “Quem além de você compartilha dessa opinião? Quais são as suas maiores preocupações, e o que você vai fazer para resolvê-las? O que precisa ser mudado para que você tenha uma opinião diferente?”.

Se esses questionamentos soaram familiares, você deve ter percebido a similaridade dessa forma de pensar com o método socrático, em que uma série de perguntas lhe ajuda a revelar o que você pensa sobre um determinado assunto. O importante aqui é sempre se perguntar por que algo é importante e como isso se conecta com as coisas que você já conhece. À medida que você faz isso, você treina seu cérebro para fazer conexões entre ideias e a pensar criticamente sobre as mais diversas informações que você for encontrar.


3. Cuidado com “achismos”

No árduo caminho de formar um pensamento crítico, devemos também treinar nossos ouvidos para notar pequenas palavras e frases que servem como sinais de alerta. Sabemos que é impossível prestar atenção em tudo, por isso, conhecer algumas frases que tendem a vir antes de um argumento fraco é realmente útil.

São os famosos “achismos”. Mesmo que de forma sutil, essas expressões entregam que a opinião que vem a seguir muito provavelmente não é bem embasada. O Wall Street Journal até elencou algumas dessas frases – dentre elas, destacam-se, além da famosa “eu acho que”, expressões como “para dizer a verdade”, “só quero que você saiba que” e “só estou querendo dizer que”.

Em um debate de alto nível, você sabe que esse tipo de declaração tende a introduzir uma inverdade. Sinal de que é hora de começar a prestar atenção para, na sequência, começar a fazer perguntas.

2. Conheça e confronte seus próprios preconceitos

Quando falamos sobre o pensamento crítico, é imprescindível nos lembrarmos de que não somos um templo de sabedoria e nós mesmos temos nossas questões a serem resolvidas. E a dificuldade surge justamente porque adoramos apontar as falhas dos outros, mas somos muito ruins em reconhecer preconceitos em nosso próprio pensamento. Todos temos tendências a pensar de certa forma devido a uma gama de fatores, mas parte do pensamento crítico é cultivar a possibilidade de enxergar os fatos fora desses preconceitos.

A ideia básica é resumida pelo escritor inglês Terry Pratchett, em seu livro “A Verdade”. Na obra, Pratchett defende a percepção de que as pessoas só gostam de ouvir o que elas já sabem. “Elas ficam desconfortáveis quando você lhes diz coisas novas, pelas quais elas não esperam. Em suma, o que as pessoas pensam que querem são novidades, mas o que elas realmente anseiam é por antiguidades, que dirão a elas tudo o que elas já pensam e já acreditam ser verdadeiro”, afirma.

Pensar criticamente tem tudo a ver com confrontar esses preconceitos com a maior frequência possível. Difícil? Sem dúvida. Se você se criar o hábito de pensar sob diferentes pontos de vista ao longo do dia, você treinará seu cérebro para fazer isso mais vezes, quase que automaticamente.

1.Pratique o pensamento crítico sempre que possível

Seguindo a mesma ideia do item anterior, chegamos ao último tópico da nossa lista. Como acontece com qualquer outra habilidade, para ficar bom em pensamento crítico, é preciso praticá-lo todos os dias. O que facilita o trabalho é o fato de que isso pode ser feito em sua própria cabeça. Você também pode, no entanto, se valer de alguns exercícios para forçar seu cérebro a entrar em forma.

Uma tarefa fácil de ser feita é manter algum tipo de diário. A ideia é utilizá-lo para registrar observações casuais ou suas opiniões diante de um assunto enfrentado durante o dia.

O objetivo é escrever diariamente. Assim que você tiver um número substancial de textos produzidos, crie um blog (ou reative aquele seu de aaaanos atrás) e poste suas ideias lá.

Esse exercício é bom não apenas para você, mas também uma ótima maneira de envolver outras pessoas e desafiar a si mesmo a confrontar seus pensamentos com pontos de vista diferentes do seu (certamente algum amigo de um amigo seu não concordará com suas palavras e deixará isso bem claro nos comentários. Essa é a hora de colocar o pensamento crítico para funcionar). Da mesma forma, participar de um debate saudável entre amigos é uma boa forma de praticar.

O que você deve ter em mente é que o pensamento crítico não termina nunca. Quanto mais conhecimento você cultiva, melhor você vai se tornar nisso. E o resultado final é um cérebro que forma melhores argumentos, ideias mais focadas e soluções criativas para os problemas.
artigo do site Hypescience

Autor: Jéssica Maes

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

O que pode ser pior que a ignorância?

(artigo do site Hypescience)


Na esteira do artigo da semana passada, no qual abordamos o tema metacognição surgiu a questão:

— Se metacognição é o conhecimento e o controle do próprio conhecimento, qual seria o efeito da ignorância da própria ignorância?

Com intuito de responder essa questão vou me referir à pesquisa de David Dunning, um psicólogo da Universidade de Cornell, realizada em conjunto com Justin Kruger da Universidade de Nova York já noticiada aqui no Hypescience.

A pesquisa fundamentou-se na realização de diversos testes dentro de determinadas áreas das habilidades humanas, tais como raciocínio lógico, inteligência emocional, jogos de estratégia, sagacidade no humor, etc. seguido de uma entrevista.

Nessa entrevista era solicitada a opinião de cada participante sobre seu próprio desempenho nos testes.

Os resultados foram esclarecedores.

Os participantes da pesquisa que tiraram as mais baixas pontuações superestimaram seus resultados em 100% das entrevistas.

E quanto pior o resultado quantitativo em raciocínio lógico, inteligência emocional, humor ou mesmo habilidades em jogar xadrez, por exemplo, maior foi a diferença entre a sua real pontuação e a sua estimativa arrogada na entrevista.

Ficou patente que a incompetência priva as pessoas da capacidade de reconhecer sua própria incompetência.

Tal limitação pode ser a principal responsável pelo descompasso nos relacionamentos interpessoais e no funcionamento da sociedade como um todo.

Com mais de uma década de pesquisa os resultados demonstraram que os seres humanos acham “intrinsecamente difícil ter uma noção do que não sabem”.

O pior em tudo isso, é que não se trata apenas de otimismo ou autoconfiança.

Os pesquisadores descobriram uma total falta de habilidade em autoavaliar-se. Um bloqueio nessa parte do autoconhecimento individual que implica na ignorância sobre a extensão de suas reais habilidades e na confusão entre a imagem que se tem de si mesmo e a realidade de suas próprias competências (ou incompetências).

Mesmo quando os pesquisadores ofereceram aos participantes uma recompensa de US$ 100 para aqueles que classificassem seu desempenho com a maior precisão, os resultados foram praticamente os mesmos.

“Eles realmente estavam tentando ser honestos e imparciais. Percebia-se ali uma real incapacidade de se avaliar o próprio conhecimento bem como seus próprios limites. Nisso podemos apontar a causa de muitos dos problemas da sociedade, como por exemplo, a própria negação das alterações climáticas. Tal negação passa pela sedimentação de uma opinião desinformada e desatrelada da realidade, e o que é pior, aliada à inconsciência dessa desinformação” — afirmou Dunning.

E para agravar o caso, ficou evidente também que pessoas que não são talentosas em uma determinada área são incapazes de reconhecer esse talento nos outros.

O que é mais uma das obviedades que a psicologia cognitiva está nos esfregando na cara.

Quanto mais ignorante for a pessoa, maior a valorização que ela dá a si mesmo e menor a valorização que ela dá aos outros.

De fato, é um resultado que não surpreende um bom observador da conduta humana desde que se tem falado em ignorância e arrogância — parecem que são características indissociáveis e com os resultados mais nefastos que podemos imaginar na conduta humana.

O que me leva a concluir, sobre a nossa questão base:

Pior que a ignorância — só mesmo a ilusão do conhecimento, que invariavelmente a acompanha.

Essa terrível ilusão que além de levar o indivíduo ao erro também o aprisiona na própria ignorância, impedindo-o de buscar pelo conhecimento.

Afinal, ninguém precisa encher um cântaro quando se acredita que ele está completamente cheio.

autor: Mustafá Ali Kanso

domingo, janeiro 12, 2014

Antes vista apenas como atividade mística, meditação ganha o aval da ciência

Valor da prática para a saúde e para a qualidade de vida de pessoas de todas as idades

 
 
Sentar-se com a postura ereta, fechar os olhos, sentir a respiração e trazer a atenção para o presente por 10 minutos diários ajudam a diminuir a ansiedade, melhorar a concentração e viver mais e melhor. Não é o trecho de um livro de autoajuda. É a constatação não de um, mas de muitos e diferentes estudos científicos. Foi-se o tempo em que a meditação era considerada apenas uma atividade mística sem embasamento teórico. Iniciada na Índia e difundida em toda a Ásia, a prática começou a se popularizar no ocidente com o guru Maharishi Mahesh Yogi que nos anos 1960 convenceu os Beatles a atravessar o planeta para aprender a meditar. Até a década passada, não contava com respaldo médico. Nos últimos anos, no entanto, os pesquisadores ocidentais começaram a entender por que, afinal, meditar funciona tão bem, e para tantos problemas de saúde diferentes.

Mais sobre meditação:
:: Conheça os diferentes tipos de meditação e saiba que benefícios o exercício pode trazer
:: Fernanda Pandolfi: os primeiros passos rumo ao hábito de meditar
Em uma era de gente conectada, que recebe estímulos e informações por toda e qualquer via, como o smartphone que bipa, a música que toca no fone de ouvido e os outdoors de led nas ruas, pesquisadores renomados têm dedicado tempo e dinheiro para provar que exercícios de relaxamento mental podem ser fundamentais na qualidade de vida.

É o caso do neurocientista norte-americano Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin-Madison, que, após um período de imersão com monges tibetanos, descobriu que a meditação funciona - de fato - como um antidepressivo. Segundo ele, a prática altera as estruturas cerebrais, mudando o padrão de suas ondas e protegendo contra a depressão e os efeitos do estresse.

Mais perto daqui, a bióloga brasileira Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, uma das principais pesquisadoras do tema no mundo, afirma: quem medita tem a capacidade de executar as mesmas tarefas que não-praticantes usando menos neurônios. Em recente passagem por Porto Alegre para participar do workshop Ciência, Meditação e o Cultivo Emocional, promovido pela ONG gaúcha Mente Viva, Elisa discorreu sobre seu estudo, que avaliou os cérebros de 20 meditadores e 19 não meditadores combinados por idade, sexo e nível de escolaridade. O resultado apontou para a alta capacidade de concentração e atenção dos praticantes de meditação, que "economizam", por assim dizer, seus cérebros.



Em um terceiro levantamento realizado na Universidade de Brasília pelo psiquiatra Juarez Iório Castellar, foram investigadas 80 pacientes com histórico de câncer de mama. Por meio da coleta de amostras de sangue e saliva, antes e depois dos exercícios meditativos, verificou-se que a prática reduziu os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, vômitos, insônia e inapetência.

Sendo assim, é fácil perceber que ficou para trás dos anos 2000 a visão de que para meditar era necessário ser budista, usar bata longa e terceiro olho. Quem pratica, garante: não tem hora, lugar, profissão ou religião. É universal. Oprah Winfrey - que chegou a ser a personalidade mais bem paga da televisão internacional - declarou que o tempo despendido com a meditação foi fundamental para o sucesso de sua carreira. Gisele Bündchen revelou em entrevista recente que, mesmo que o despertador toque às 5h30min para uma sessão fotográfica, não abre mão dos seus 15 ou 20 minutos de momento meditativo para manter o equilíbrio. Já para encarar a maratona da campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff quer intensificar os períodos de meditação transcendental, método que pratica, e, inclusive, já teria agendado uma sessão com a guru africana Rajshree Patel, que visitará o Brasil em maio.

Steve Jobs, o fundador da Apple, consagrou a prática budista no meio empresarial e ganhou adeptos mundo afora. Seu argumento para defendê-la era justamente o foco nos negócios. Graças a ela, conseguia afastar de sua cabeça tudo que considerava distração. Personalidades internacionais - o ex-vice-presidente americano Al Gore, o cineasta David Lynch, o músico Adam Levine, o ator Robert Downey Jr., a atriz Demi Moore - e nacionais - a atriz Claudia Ohana, a cantora Luiza Possi e a top Alessandra Ambrósio - engordam a lista de pessoas bem-sucedidas que incentivam a atividade e acreditam que, em uma data nem tão distante, a prática da meditação será reconhecida como questão de saúde pública e terá sua importância igualada ao exercício físico na atualidade.


Receita para uma vida de paz

Mariela Silveira
reflete a quebra dos tabus que cercam a meditação. Filha de pai católico e mãe espírita, não quis seguir religião alguma e prometeu ser fiel à ciência quando se formou em Medicina pela Ulbra.

Entre os objetivos, um prioritário: trabalhar com o que proporcionasse bem-estar às pessoas. Escolha um tanto previsível, já que Mariela engatinhou ainda de fraldas pelos corredores do Kurotel Centro de Longevidade e SPA (que ajuda a dirigir atualmente), fundado pelos seus pais, Luís Carlos e Neusa Silveira, em 1982, na Serra. E cresceu uma criança diferente, que enxergava uma peraltice no ato de deixar envelopes com sementes de plantas embaixo das portas dos vizinhos em Gramado.
Foi em 2003, ao longo de uma viagem à Índia, que a gaúcha percebeu nos exercícios mentais de relaxamento uma alternativa para promover a paz.

— Vi que não era a miséria que provocava a violência em um país. Era possível observar que, por mais pobres que aquelas pessoas fossem, elas viviam em harmonia e incitavam o bem. Foi aí que a meditação entrou na minha vida — lembra.

Para exterminar o preconceito - o dela mesmo, inclusive -, muniu-se de livros, pesquisas e estudos sobre o tema para buscar respaldo científico e poder investir na prática sem receio. Verificou dados concretos de melhora na frequência cardíaca, pressão arterial, imunidade e até no comportamento quando comparava meditadores e não-meditadores.

— Eu achava que poderia ser mal vista pelas pessoas como praticante de uma atividade sem comprovação. Mas percebi que tinha fundamento e parei de me sentir a "Mariela bicho-grilo" (risos). Além disso, me dei conta de que era um instrumento maravilhoso, comum entre as pessoas, independentemente de crença, de onde ela nasceu, de qual a cultura — reforça.

E assim, a médica de 34 anos que preferia intitular a atividade como "exercício de relaxamento ou dirigido" para formalizar o termo, deixou o constrangimento no passado e passou a prescrever a meditação em receitas, além de se tornar uma das principais incentivadoras da atividade no Estado via fundação da ONG Mente Viva, em 2007, ao lado da sócia Anmol Arora. Trata-se de um projeto que leva a prática para escolas públicas e privadas de Gramado, Porto Alegre, Eldorado, Gravataí, Tapes e Pelotas, com um trabalho pré-aula de cinco a 10 minutos com as crianças e que estimula a concentração, a afetividade e o desempenho escolar - com resultados positivos já comprovados em pesquisa.

A técnica utilizada é a mindfulness, ou atenção plena, que visa trazer o foco para o presente e "desligar" o cérebro, mentalizando pensamentos positivos.

— É claro que essa não é a única solução para terminar a violência, que é algo muito mais complexo. Mas de um modo geral, a medicina só foca no tratativo, não foca tanto na prevenção como deveria. Com a violência é igual. Tudo bem falar sobre reabilitação, mas existe também aquele indivíduo que tem todos os fatores de risco, mas ainda não cometeu um crime e que pode ser observado mais de perto. E a prevenção primária mesmo, aquela desde criança — analisa.

Mariela garante: a meditação é simples, gratuita e, no bom sentido, vicia - a ponto de torcer para que uma viagem de ônibus dure mais do que o tempo previsto para poder praticar, ou de ficar entristecida quando o despertador não toca no horário correto e a impede de meditar nos minutos iniciais do dia. E, assim como em qualquer outra atividade, requer paciência e prática para pegar o jeito. Na sua opinião, a meditação trabalha com uma das grandes questões da humanidade: a de como aumentar o espaço interno de conforto para viver com mais qualidade.

— Os indianos costumam falar que a mente é como se fosse um macaco com o rabo pegando fogo, mordido por mil escorpiões, pulando de galho em galho. Está sempre no passado e no futuro, nunca conosco. Em resumo: a meditação ajuda a pessoa a trazer a consciência para o presente - analisa. — Atualmente, o mundo convida à vigilância, à pouca tenacidade, à falta de atenção. Então, precisamos aprender que temos limites para ficarmos internamente bem. Não é exercício de estímulo, é de relaxamento mesmo. A mente é um produto do cérebro, que não está em nenhum lugar do nosso corpo. A meditação faz os dois se encontrarem e ajuda a buscar recursos internos para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

A recomendação da especialista é reservar de 10 a 20 minutos por dia, cinco vezes por semana, para o exercício. Sentar, fechar os olhos, respirar e esvaziar a mente.

Para quem se blinda com o argumento de que a rotina é muito corrida para isso, ela repete um mantra de sua coach Dulce Magalhães: "Medite 20 minutos por dia. Se você acha que está sem tempo, então medite por uma hora".

Para Mariela Silveira, a receita é simples: medite durante 20 minutos por dia. Se você acha que está sem tempo para isso, então medite por uma hora.


Quem são as estrelas que meditam:

As práticas meditativas fazem sucesso entre as modelos. Alessandra Ambrósio medita todos os dias.

O ator Robert Downey Jr. não dispensa a prática da ioga para sentir-se relaxado e em paz.
A apresentadora Oprah Winfrey já declarou que a meditação interferiu positivamente em sua carreira.

No auge do sucesso, em 1967, os Beatles mergulharam na meditação transcendental praticada pelo guru Maharishi Mahesh Yogi. Dessa experiência surgiram muitos sucessos do quarteto.
Gisele Bündchen publica, com frequência, fotos suas meditando nas redes sociais

fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2014/01/antes-vista-apenas-como-atividade-mistica-meditacao-ganha-o-aval-da-ciencia-4386778.html