Por: Eliane P Serra Xavier
O Princípio da Incerteza foi formulado em 1919 pelo físico alemão Werner Heisenberg e estabelece que não é possível ter simultaneamente a certeza da posição e da velocidade de uma partícula. Quanto maior for a precisão com que se conhece uma destas grandezas, menor será a precisão com que se pode conhecer a outra. Ou seja, levando para o extremo, se nos focamos em medir, ou observar, se mantermos nossa atenção unicamente na posição, perderemos totalmente qualquer informação sobre a velocidade (fluidez).
É este o princípio que está na base da mecânica quântica.
Werner Heisenberg
Podemos trazer este conceito da incerteza em relação a posição (fixidez) e a velocidade (fluxo) para o contexto humano. A fixidez seria representada na nossa mente pelo pensamento fixo, pelo ego e a velocidade pelo fluxo, pela energia, pelo nosso Self Quântico, que é definido pelo físico Amit Goswami como a nossa conexão com o Divino.
Assim, a fixidez do ego é contrária a fluidez do Self Quântico, pelo princípio da incerteza.
Vemos na física quântica que tudo o que experienciamos são processos de relações, mas mesmo assim temos uma resistência muito grande em aceitar olhar as situações que vivemos de outro ângulo, de outra perspectiva. Por trás desta resistência (fixidez) existe o pensamento, mesmo que inconsciente, de que “ por que preciso eu mudar o meu jeito de olhar? Pra mim eu sei muito bem o que eu preciso e o que eu quero do mundo. O mundo é que tem que me dar o que eu quero, da forma que eu quero, e não eu é que tenho que adaptar a a minha visão positivamente ao que o mundo me oferece.” Assim funciona nossa estrutura egóica, mesmo que não tenhamos muita consciência disto.
Quando Jesus disse: “Haveis de ter aflições no mundo, mas tendes bom ânimo, eu venci o mundo.” Ele não venceu o mundo no sentido convencional, fazendo valer o que Ele queria, tentando “torcer” o mundo para que o mundo se adaptasse ao que Ele achava verdadeiro e justo para sua vida. Ele venceu sim quando Ele se resignou, sem nenhum sentimento negativo, a toda a injustiça pela qual passou. Sua vitória incomensurável foi passar por todo o tormento de sua crucificação sem o menor ódio nem rancor nos olhos. Muito pelo contrário, ele entendia o mundo das pessoas que o estavam maltratando, ele conseguia “enxergar pelos seus olhos” e ver que dentro da paisagem em que aquelas pessoas ignorantes estavam, o seu crucificamento era natural. E tendo esta clareza Ele ainda dizia, “Pai, perdoai-vos, eles não sabem o que fazem”. E com esta límpida e completa compreensão de tudo ele manteve sua mente completamente livre de paisagens inferiores, dos reinos dos infernos, para os quais ele teria ido caso as emoções perturbadoras da raiva, do ódio, da autopiedade tivessem brotado em sua mente. Sem sombra de dúvida esta foi a maior, mais completa e incomensurável vitória! Ele ressuscitou em glória e foi para o reino da LUZ.
Este grande Mestre de Puro Amor e Sabedoria já veio, e seu exemplo foi bem claro, mas agora que tenhamos os “olhos de ver”, como Ele mesmo disse em seus ensinamentos. E consigamos realmente entender o Seu ensinamento, e principalmente o Seu exemplo.
Hoje até a ciência, sendo interpretada de modo sensível e sutil, nos mostra o caminho da Sabedoria. Que todos possam ter acesso ao conhecimento e a Libertação que ele nos traz!
Querida amiga Eliane Xavier, obrigado por compartilhar esse abordagem tão sensível que faz tocar fundo em nossas almas!
ResponderExcluirSeu artigo foi minha inspiração querido amigo. Eu que agradeço, Abraços!
ResponderExcluir