Uma das missões mais “obcecadas” do famoso LHC (Large Hadron Collider, o colisor subterrâneo de partículas que foi criado para redefinir vários conceitos da física), desde o início, é encontrar o Bóson de Higgs.
A partícula que explicaria, a grosso modo, porque todas as partículas subatômicas têm massa, ainda é apenas uma hipótese não comprovada. Mas os cientistas afirmam que a descoberta definitiva é apenas questão de (pouco) tempo.
Aparentemente, o LHC teve um salto de qualidade. O porta voz do projeto, Guido Tonelli, conta que a expectativa para a descoberta do Bóson era no final de 2012, mas o ótimo funcionamento da máquina antecipou a previsão para o final de dezembro desse ano. Tudo porque os procedimentos estão mais rápidos do que se imaginava.
Os cientistas devem alcançar o objetivo através de colisão de partículas, que cedo ou tarde, conforme eles esperam, isolarão o Bóson de Higgs e o tornarão detectável pelos sensores.
O mapeamento do túnel do LHC é feito por femtobarns inversos, uma unidade de medida especial para colisões de partículas. Ao todo, há 5 femtobarns onde o Bóson de Higgs pode ser localizado. Até o momento, 2.5 femtobarns já foram rastreados (o que equivale a 175 bilhões de colisões), e isso levou poucos meses para acontecer. O prazo esperado era de dois anos.
Os cientistas explicam, no entanto, que nada é garantido. A começar, não há 100% de certeza que o Bóson de Higgs realmente será detectado para comprovar a teoria que vem sendo construída. Além disso, os pesquisadores apontam para a possibilidade, ainda que pequena, de os 5 femtobarns não serem o suficiente para se mapear com precisão o Bóson de Higgs, o que iria requerer mais tempo e trabalho dos pesquisadores. As expectativas, contudo, são otimistas. (BBC)
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