A Física sugere que quantidades iguais de matéria e antimatéria deveriam ter sido criadas durante o Big Bang. Porém, ninguém conseguia explicar por que o universo existe em sua forma atual, feito predominantemente de matéria.
Cada uma das partículas fundamentais conhecidas tem um primo, uma antimatéria, com propriedades idênticas, mas carga elétrica oposta. Quando uma partícula encontra sua antipartícula, se “aniquilam”, desaparecendo em um flash de luz de alta energia.
A questão permanece: por que isso não ocorreu no início do universo, com as quantidades iguais de matéria e antimatéria, resultando em um universo desprovido de ambas?
Agora, físicos de partículas americanos estão próximos de explicar esse fato. Em 2010, pesquisadores do acelerador de partículas Tevatron alegaram resultados preliminares mostrando um pequeno excesso de matéria sobre antimatéria conforme partículas se deterioravam.
Recentemente, a equipe apresentou um documento mostrando que seus resultados são firmes.
As descobertas do Tevatron vêm de uma chuva de partículas produzidas quando os prótons se fragmentam em seus correspondentes de antimatéria, antiprótons.
As colisões próton-antipróton, por sua vez, criam um número de partículas diferentes, e a equipe notou pela primeira vez uma discrepância no decaimento de partículas chamadas mésons B.
Isso se deteriorou em pares de partículas chamadas múons, com suas versões antimatéria, antimúons. Mas, como relatou a equipe, havia um excesso notável de 1% de partículas de matéria.
No entanto, eventos sem explicação na sopa de interações criada em experimentos de física de partículas significam que essas medidas são associadas com um nível de incerteza – refletem a probabilidade de que o efeito visto seja uma ocorrência estatística aleatória, e não uma descoberta.
Os pesquisadores agora têm 50% mais dados para trabalhar. Eles estão tentando estabelecer que o resultado de fato veio da partícula decaída proposta, e não é uma aleatoriedade.
Agora, eles reduziram a incerteza da experiência a um nível de 3,9 sigma, o equivalente a uma probabilidade de 0,005% que o efeito seja um acaso. A física de partículas exige que, para ser chamada de descoberta, o nível de certeza seja de 5 sigma, ou cerca de 0,00003% de chance de que o efeito não seja real. Só assim os cientistas poderão afirmar que resolveram um dos grandes mistérios da Física hoje
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